Mostrar registro simples

dc.contributor.authorSilva, Emanuelly Martins dapt_BR
dc.contributor.authorSilveira, Flávio Leonel Abreu dapt_BR
dc.contributor.authorMarques, Olavo Ramalhopt_BR
dc.contributor.authorMoreno, Ignacio Maria Benitespt_BR
dc.date.accessioned2022-01-20T04:40:38Zpt_BR
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.issn1518-952Xpt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/234307pt_BR
dc.description.abstractEnquanto unidade que dialoga com a ideia geográfica de espaço ou território, a paisagem é um conceito multifacetado que nos auxilia no entendimento das interações entre distintos grupos animais e das expressões culturais humanas. Estudos das relações entre pessoas e natureza atuam como instrumentos de compreensão das afetividades e percepções que envolvem complexas teias de relações, o que nos possibilita encontrar nexos relacionais entre humanos e não humanos para pensarmos numa unidade dinâmica a partir de ambos. No Sul do Brasil, ocorre uma peculiar interação entre humanos e não humanos: a pesca cooperativa. Prática ritualizada e tradicional que consagra a Barra de Tramandaí como uma das duas localidades mundiais onde sistematicamente esse fenômeno acontece. Os botos Tursiops gephyreus e pescadores artesanais de tarrafa cooperam na pesca. O boto sinaliza o momento apropriado para os pescadores jogarem suas tarrafas na água, o que otimiza a atividade de pesca e a energia despendida por ambos. A área de estudo localiza-se na “Barra”, um estuário no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O artigo propõe um diálogo entre disciplinas distintas: reunindo os campos biológico e antropológico, através da inquirição de como se dá a cooperação entre cetáceo e ser humano, analisando como os pescadores praticam as paisagens em que estão inseridos. A coleta de dados aliou a observação participante junto aos pescadores a um questionário livre semiestruturado. Através de análise qualitativa dos resultados, podemos inferir que as manifestações bioculturais presentes nas vivências dos pescadores se dão em como eles observam, sentem e leem a paisagem. São experiências portadoras de significados, em que leituras individuais de cada pescador sobre o contexto praticado ressoam transformando-se num conhecimento coletivo e compartilhado, pois entre os pescadores é visto como um domínio de códigos, quanto à interação com os botos e o relato das mesmas dificuldades de manutenção desse fenômeno interespécies.pt_BR
dc.description.abstractA landscape is a unit that dialogues with the geographical idea of space, either of a territory or region, and is a multifaceted concept that assists in the understanding of interactions between different animal groups and expressions of human culture. Studies on the relationships between people and nature act as instruments to comprehend the affections and perceptions that envelop complex networks, which allows us to find relational nexus between humans and non-humans, such that we are able to reflect on a dynamic unit considering both. A peculiar interaction between humans and non-humans takes place along the coast of the state of Rio Grande do Sul, in southern Brazil: cooperative fishing. A traditional and ritualized practice, the Tramandaí River inlet is one of only two places in the world where this occurs. Lahille's bottlenose dolphin, Tursiops gephyreus, and artisanal fishermen with casting nets cooperate in the mullet (Mugil liza) fisheries. Dolphins signal the appropriate moment for fishers to throw their nets in the water, optimizing the fishing activity and the energy spent by both groups. The study area is the Tramandaí River inlet, an estuarine environment in the northern coast of the state of Rio Grande do Sul. This study aimed to link biological and anthropological fields in the pursuit to understand biocultural manifestations of these interactions, from the familiarity with the artisanal fishermen community, who are part of the cooperative fishing. We aimed to understand how the fishers recognize the landscape they compose and the way they cooperatively coexist with these cetaceans. In addition to participant observation, a semi-structured and open questionnaire was applied. Results were analyzed taking on a qualitative approach. The landscape is perceived by these workers through (and based on) their meaningful experiences, which reverberate in their individual views about the space where they act and the affection they have over their practice and relationship with the dolphins.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.relation.ispartofDesenvolvimento e meio ambiente. Curitiba. Vol. 56 (2021), p. 22-45.pt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPesca artesanalpt_BR
dc.subjectCooperative fishingen
dc.subjectArtisanal fishermanen
dc.subjectPesca cooperativapt_BR
dc.subjectBotospt_BR
dc.subjectLandscapeen
dc.subjectDolphinsen
dc.subjectPaisagempt_BR
dc.subjectTramandaí, Rio, Barra (RS)pt_BR
dc.subjectNorthern coast of Rio Grande do Sulen
dc.subjectTramandaí River Inleten
dc.title“A gente acostuma os olhos” : pescadores artesanais de tarrafa e botos-de-Lahille nas paisagens da Barra do Rio Tramandaípt_BR
dc.title.alternative“Our eyes grow accustomed” : artisanal fishermen with casting nets and Lahille’s bottlenose dolphin in the landscapes of the Tramandaí River inleten
dc.typeArtigo de periódicopt_BR
dc.identifier.nrb001134125pt_BR
dc.type.originNacionalpt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples