'470, é nois na fita! ' : práticas culturais e construção de identidades juvenis em uma periferia urbana
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Data
2011Orientador
Nível acadêmico
Especialização
Resumo
Esta pesquisa procura analisar como se dá a construção de identidades juvenis, por meio de determinadas práticas culturais populares de um grupo específico de jovens pobres e negros, na sua maioria, habitantes de um bairro localizado na periferia de Porto Alegre/RS. Utilizando uma abordagem etnográfica, esta investigação é direcionada a uma parcela de jovens, moradores de uma vila localizada no bairro Bom Jesus, que procuram ter visibilidade e construir sua socialização através de manifestações ...
Esta pesquisa procura analisar como se dá a construção de identidades juvenis, por meio de determinadas práticas culturais populares de um grupo específico de jovens pobres e negros, na sua maioria, habitantes de um bairro localizado na periferia de Porto Alegre/RS. Utilizando uma abordagem etnográfica, esta investigação é direcionada a uma parcela de jovens, moradores de uma vila localizada no bairro Bom Jesus, que procuram ter visibilidade e construir sua socialização através de manifestações culturais que dialogam intensamente com o Movimento Hip Hop. Para tanto, fazem uso, principalmente, de dois elementos que o compõem: o Rap e o Graffiti como produção cultural e, através dos quai podem evidenciar suas capacidades de protagonismo juvenil. Neste estudo, procura-se evidenciar a existência de um território criativo, pulsante, sem estigmas, onde estes jovens atuam ligados a um movimento que acredita em outros saberes e, através de algumas práticas culturais específicas, os mesmos se descobrem, problematizam, assumem suas identidades. É a partir de um território invisível, considerado socialmente à margem, que estes sujeitos sociais se mostram apresentando seus discursos, constituindo suas tribos, desvelando um estilo de vida rap, desenvolvendo suas capacidades sensíveis, construindo sua autonomia, sua marca de pertencimento social. Pertencimento este, que é construído, principalmente, pela apropriação dos números 470, prefixo da linha de ônibus do bairro. Mais do que isso, o 470, para além de ser uma marca visual e simbólica, passa a se constituir como uma demarcação de território, uma inscrição, uma identificação social destes jovens. Através de seus diferentes modos de ser e estar jovens, aliados a aspectos mesclados entre si (como classe social, etnia e gênero) e imbricados com outros elementos culturais trazidos por eles, é que se vai tratar do conceito do termo juventude no plural; ou seja: juventudes. Nesta ação investigativa, orientada por contribuições teóricas dos Estudos Culturais, aliada aos campos da Cultura Visual, da Arte e da Educação, deseja-se direcionar outros olhares sobre este grupo em questão, numa perspectiva de compreensão mais totalizante desses jovens com quem se trabalha e se convive, dentro e fora da escola. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Curso de Especialização em Pedagogia da Arte.
Coleções
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Ciências Humanas (1949)
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