O horror no teatro sob a ótica do trabalho de um ator no espetáculo "Asfixia"

Abstract

A presente pesquisa explora a atuação no gênero do horror que tem como objetivo causar uma profunda afetação no público. Inspirada pelos estudos do filósofo Noel Carroll sobre o horror artístico, a investigação buscou compreender como mobilizar emoções e energias no espaço cênico para gerar o sentimento de horror na plateia. Sob a ótica do ator protagonizando o espetáculo "Asfixia", reflete-se sobre o processo de criação, abordando os temas do corpo, da voz, da atuação e da dramaturgia, enfatizando a busca pela conexão emocional e o vínculo entre ator e público. O estudo inclui a exploração de diferentes estratégias, como a empatia, o uso do corpo como meio de comunicação e a criação de atmosferas imersivas. Os desafios e complexidades dessa busca são reconhecidos, incluindo as limitações da dramaturgia e a interação singular de cada espectador com suas próprias experiências e traumas. O ator é percebido como um agente capaz de evocar sentimentos, promover debates e, em última análise, influenciar o espectador a examinar a vida, a dor e a humanidade.

This research explores acting in the horror genre, aiming to provoke a deep affectation in the audience. Inspired by philosopher Noel Carroll's studies on artistic horror, the investigation sought to understand how to mobilize emotions and energies within the theatrical space to generate a feeling of horror in the spectators. From the perspective of the actor starring in the play "Asphyxia," the process of creation is reflected upon, addressing themes of body, voice, performance, and dramaturgy, emphasizing the pursuit of emotional connection and the bond between actor and audience. The study encompasses the exploration of different strategies, such as empathy, the use of the body as a means of communication, and the creation of immersive atmospheres. The challenges and complexities of this endeavor are acknowledged, including the limitations of dramaturgy and each spectator's unique interaction with their own experiences and traumas. The actor is perceived as an agent capable of evoking emotions, fostering discussions, and ultimately influencing the spectator to examine life, pain, and humanity