Volver : a reciclagem do patrimônio em Montevidéu

Abstract

A ampliação do conceito de patrimônio ocorrida nas últimas décadas acentuou a salvaguarda de bens construídos de forma global. E isso repercutiu no aumento proporcional de problemas projetuais, técnicos e econômicos envolvidos na preservação do acervo crescente, assim como das controvérsias conceituais conexas, especialmente no âmbito das intervenções transformadoras necessárias à adaptação das edificações ao uso atual (LUCCAS, 2020, p. 392). Com ênfase no exercício do que se convencionou como “reciclaje”, a experiência uruguaia oferece uma abordagem distinta ao tema da preservação patrimonial – com as ambiguidades respectivas –, como demonstram as intervenções em edifícios e conjuntos patrimoniais de diferentes hierarquias e graus de proteção correspondentes, no caso delimitado de Montevidéu de modo contemporâneo. Este trabalho propõe uma contribuição ao problema da preservação patrimonial através do estudo da chamada reciclaje praticada no país vizinho; uma atividade definível como a intervenção em preexistências com condições físicas e funcionais defasadas e correspondente falta de sustentação econômica, prolongando a vida útil de bens e conjuntos sem congelá-los, ou seja, preservando valores histórico-artísticos e a identidade sem perder a vitalidade do tecido das cidades e da paisagem construída de modo mais amplo.

La expansión del concepto de patrimonio que ha tenido lugar en las últimas décadas ha puesto énfasis en la salvaguardia de los bienes construidos a nivel mundial. Y esto repercutió en el aumento proporcional de los problemas proyectuales, técnicos y económicos involucrados en la preservación de lo creciente acervo patrimonial, así como en las controversias conceptuales relacionadas, especialmente en el contexto de las intervenciones transformadoras necesarias para adaptar los edificios a los usos actuales (LUCCAS, 2020, p. 392). Con énfasis en el ejercicio de lo que convencionalmente se conoce como “reciclaje”, la experiencia uruguaya ofrece un enfoque diferente al tema de la preservación patrimonial –con las respectivas ambigüedades–, como lo demuestran las intervenciones en edificios y conjuntos patrimoniales de distintas jerarquías y correspondientes grados de protección, en el caso delimitado de Montevideo de manera contemporánea. Este trabajo propone un aporte al problema de la preservación patrimonial a través del estudio de lo que se convencionó como reciclaje practicado en el país vecino; una actividad definible como la intervención en preexistencias con condiciones físicas y funcionales desfasadas y la correspondiente falta de sustentación económica, prolongando la vida útil de los bienes y conjuntos sin congelarlos, es decir, preservando los valores histórico-artísticos y la identidad sin perder la vitalidad del tejido de las ciudades y el paisaje construido en general.

The expansion of the concept of heritage that has taken place in recent decades has emphasized the safeguarding of buildings built globally. And this had an impact on the proportional increase in design, technical and economic problems involved in the preservation of the growing collection, as well as in the related conceptual controversies, especially in the context of the transformative interventions necessary to adapt the buildings to a contemporary use (LUCCAS, 2020, p. 392). With an emphasis on the exercise of what is conventionally known as “reciclaje”, the Uruguayan experience offers a different approach to the theme of heritage preservation – with the respective ambiguities –, as demonstrated by the interventions in buildings and heritage sets of different hierarchies and corresponding degrees of protection, in the delimited case of Montevideo in a contemporary way. This work proposes a contribution to the problem of heritage preservation through the study of the so-called reciclaje practiced in the neighboring country; an activity definable as the intervention in pre-existences with outdated physical and functional conditions and corresponding lack of economic support, prolonging the useful life of buildings and cultural landscapes without freezing them, that is, preserving historic-artistic values and identity without losing the vitality of the cities and the built landscape more broadly.